Os desafios da indústria química foi o tema central do workshop “Mundo Senai”, realizado nos dias 28 e 29 de setembro, na Escola Senai de Mauá. No evento, o diretor-executivo do Sinproquim, Ricardo Neves, proferiu palestra sobre a inovação aplicada à indústria química. Segundo ele, a inovação na indústria é fator essencial na busca da competitividade. “Uma das maneiras de alcançá-la é por meio da formação de equipes envolvidas e multidisciplinares nas empresas”, afirmou.
Neves detalhou os princípios da inovação e como ela se dá a partir de uma análise sobre a visão tradicional e sistêmica do tema. Para ele, o Brasil não é, hoje, um país competitivo e esse problema afeta a maioria das cadeias produtivas nacionais, inclusive a indústria química. “Se nós tivéssemos condições para a qualificação de profissionais, uma situação favorável em termos financeiros e competitividade seríamos beneficiados em vários segmentos industriais”, ressaltou.
O diretor-executivo do Sinproquim observou que ainda é difícil falar de uma indústria nacional forte, após 50 anos de negligências em relação ao setor. “Mas agora não é hora de pensar no problema em si, mas sim em como contornar essa situação”. Neves destacou que no Estado de São Paulo há mais de 1.200 empresas químicas de todos os portes, que se complementam de forma bastante intensa. Segundo ele, para assegurar a competitividade do setor químico, é preciso incentivar essa interação. “Essa é uma das preocupações e um dos principais pontos de atuação do Sinproquim”, sublinhou Neves, observando que a indústria química é pujante, diversificada e gera empregos de alta qualidade. O faturamento anual do setor superior a US$ 112 bilhões.
O Mundo Senai contou com a participação de jovens estudantes, professores, profissionais de empresas e representantes do governo e da comunidade.