Comissão de Compliance do Sinproquim analisa os canais de denúncia dos associados

Pesquisa com associados mostrou que maioria das denúncias recebidas é sobre má conduta de funcionários, assédio e conflitos de interesse

Na oitava reunião da Comissão de Compliance do Sinproquim – e terceira deste ano–, dia 18 de agosto, foram apresentados os resultados da pesquisa realizada para obter informações sobre a estrutura dos Canais de Denúncia dos associados e também como estão sendo preparados e executados os planos de retorno depois da pandemia.

A condução da reunião ficou a cargo de Sergio Woisky, da Comp9, consultoria contratada pelo Sinproquim para dar apoio às atividades da comissão. Segundo ele, 78% dos respondentes informaram que a empresa na qual trabalham oferece algum canal de denúncia e cujas formas mais comuns são Canal Terceirizado com relatos feitos por telefone, Canal Interno onde os relatos são feitos por escrito e acesso direto à área de Recursos Humanos.

Entre os relatos recebidos por esses canais, de denúncia ou de ética, nas primeiras posições aparecem má conduta de funcionário e assédio (56%), conflito de interesses (44%), seguidos por práticas corruptas e má conduta de terceiros (22%).

Sobre as áreas em que as empresas comumente recebem denúncias, aparecem, principalmente, a área de Compliance (56%) e em seguida Recursos Humanos (33%) e área de Saúde e Segurança do Trabalho (22%). Esta última área tem uma grande importância para a Indústria Química em geral, ainda mais nestes tempos de pandemia.

Aproximadamente 90% das empresas aceitam relatos anônimos e cerca de 45% desses casos não recebem retorno. “Alguns canais geram um número de protocolo: no momento em que você fala com o atendente é gerado um número, com o qual você pode consultar o andamento do relato. São exemplos de canais de terceiros, que usam de tecnologia para gerar um protocolo”, comentou Woisky.

Uma boa prática discutida para os casos de denúncias escritas é colocar um conjunto de perguntas para que o denunciante responda de forma a organizar os seus pensamentos e fornecer dados mínimos para a empresa fazer a investigação (isto em comparação com sistemas de denúncia por escrito, onde o denunciante tem uma caixa de entrada de texto sem nenhuma pergunta).

Pandemia – A maioria dos respondentes (56%) disse que há um plano de retorno, gradual, das atividades pós-pandemia. Há casos em que apenas a unidade fabril voltou totalmente, e escritórios seguem sem previsão até o momento. Cerca de 55% disse também que não foi criada, até a realização da pesquisa, uma política formal para o regime de home office. Entre os comentários a respeito, uma pessoa disse que as políticas são provenientes da corporação sediada fora do Brasil; no entanto, ao adotar-se o teletrabalho, foram elaborados os aditamentos aos contratos de trabalho durante a pandemia do novo coronavírus e na sequência o aditamento ao contrato de trabalho por tempo indeterminado.

Por fim, 100% dos entrevistados informaram que há previsão de mudanças nos procedimentos para o trabalho nas empresas, o que inclui distanciamento de mobiliário, higienização, serviços de copa, normas para reuniões internas, manutenção de ar-condicionado, continuar oferecendo Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), testagem dos funcionários para a Covid-19 e regras para o uso dos banheiros.

A Comissão de Compliance do Sinproquim é um fórum que possibilita às empresas associadas e contribuintes discutir e compartilhar ideias, de forma clara e objetiva, sobre questões relacionadas ao tema. A próxima reunião está prevista para o dia 20 de outubro, por meio de um sistema de videoconferência que amplia a participação das empresas associadas e contribuintes. Para acompanhar, basta entrar em contato com o Sinproquim por meio do e-mail sinproquim@sinproquim.org.br.