Comissão de Compliance do Sinproquim discute processo para contratação de terceiros

Pesquisa sobre o tema revela que 87,5% das respondentes fazem gestão do tema

 

O Sinproquim encomendou pesquisa sobre como é feita a contratação de terceiros entre suas associadas, bem como a avaliação de fornecedores. Realizada pela Comp9, consultoria contratada pelo Sinproquim para auxiliar nos trabalhos da Comissão de Compliance, a consulta espontânea revelou que 87,5% dos respondentes seguem algum processo para homologação de fornecedores e parceiros de negócio, 6,5% não seguem e igual percentual ainda não tem um processo definido, mas pretende criar.

De acordo com Sergio Woisky, sócio da Comp9, entre os resultados da pesquisa, causa preocupação o fato de as empresas não designarem áreas específicas para administrar a demanda. A tabulação mostrou que, em sete empresas, o processo de homologação de fornecedores e parceiros de negócios é realizado pela área de compras; em três delas é uma atividade de responsabilidade da própria área contratante dos serviços/produtos; em duas, do setor de cadastros e quatro empresas responderam que outras áreas são responsáveis por essa tarefa. “As empresas estão preocupadas com o assunto, mas não terem uma área específica chamou a atenção. Não existe padrão”, disse ele.

Outro ponto que surpreendeu o consultor foram as respostas múltiplas dadas ao questionamento: “O que é levado em consideração na homologação de fornecedores e parceiros de negócios?”. Entre as respondentes há diversas multinacionais e apenas 6% das respostas mostram que as empresas checam as listas de restrições internacionais. “Apenas 50% verificam as listas de restrições nacionais, que estão disponíveis na internet gratuitamente”, observou.

O tema da pesquisa foi pautado pela Comissão de Compliance do Sinproquim, instituída em abril, e o resultado foi divulgado na quarta reunião do grupo, realizada no dia 24 de outubro. Enviada às associadas, a pesquisa teve o engajamento de 16 empresas. “Decidimos que em cada reunião da comissão vamos divulgar e discutir os resultados de uma pesquisa, trocar ideias e registrar as melhores práticas”, explicou Woisky.

O diretor-executivo do Sinproquim, Renato Endres, lembrou da importância de se debater essas respostas entre os participantes da reunião da Comissão – que é aberta aos associados. “Há a troca de boas práticas entre as empresas que estão com o processo de implantação mais adiantado e as demais. Sempre há troca de experiências e compartilhamento de informações. Também discutimos as ferramentas utilizadas”, explicou.

Os integrantes da reunião definiram o tema da próxima pesquisa– a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPDP) – e acertaram detalhes do evento sobre compliance que o Sinproquim realizará no dia 21 de novembro em São Paulo. “Vamos abordar os impactos de não ter compliance e os desafios de implantá-lo”, completou Endres.