Levantamento estatístico realizado pelo Sinproquim mostra que o deficit de US$ 2,6 bilhões na balança comercial é consequência da queda de 32,86% nas exportações de produtos químicos de uso industrial (PQI), a maior para o trimestre desde o início, em 2010, da série histórica nas operações paulistas. De janeiro a março, as exportações somaram US$ 664 milhões. As importações, de US$ 3,27 bilhões, apesar do ligeiro recuo de 4,22% ante o mesmo período de 2018, mostra o aumento da dependência externa por produtos importados, tornando-os essenciais para a produtividade interna, mas desestimulando, por outro lado, a produção nacional.
Entre os capítulos mais afetados nas exportações, no acumulado de janeiro a março de 2019, estão o 28 (produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioativos, de metais de terras raras ou de isótopos), com recuo de 58,43%, ou US$ 116 milhões; o 29 (produtos químicos orgânicos), com redução de 37,96% ou US$ 95 milhões; e o 33 (óleos essenciais e resinoides; produtos de perfumaria ou de toucador preparados e preparações cosméticas), com menos 39,43% ou US$ 62 milhões.
Em produtos químicos (PQ), nas operações realizadas pelo Estado de São Paulo, as exportações de US$ 869 milhões acumuladas entre janeiro e março deste ano ficaram 33,40% abaixo do US$ 1,31 bilhão do mesmo período de 2018. Em paralelo, as importações de US$ 4,46 bilhões no primeiro trimestre sofreram baixa de 9,19%, também na comparação com igual período de 2018, quando foram exportados US$ 4,92 bilhões. O deficit na balança comercial paulista de produtos químicos, até março, chegou a US$ 3,6 bilhões.
Os dados completos sobre as exportações e importações de produtos químicos realizadas por empresas estabelecidas no Estado de São Paulo podem ser visualizados no Info-Q, informativo de comércio exterior produzido pelo Sinproquim.