Grupo de trabalho quer identificar pontos frágeis na cadeia de fornecimento de produtos para saneamento

A definição de prioridades e a realização de um levantamento sobre pontos de estrangulamento que possam retardar investimentos para o atendimento às metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento foram tema de análise do grupo de trabalho formado pelas entidades que representam as diversas cadeias de produção envolvidas no projeto. No encontro, realizado de forma virtual em 10 de dezembro, foi destacada a importância de manutenção de um diálogo entre os diversos elos dessa cadeia como forma de evitar disfunções que coloquem em risco a execução dos projetos.

O objetivo do GT ao identificar os pontos frágeis na cadeia de fornecimento é debater soluções para apresentação a autoridades públicas, tanto no âmbito federal como estadual e municipal. Foi observado na reunião que, além do atendimento pontual aos projetos de expansão, haverá necessidade de planejamento do fornecimento no longo prazo para os processos de tratamento e de manutenção da rede de água e esgoto. Há uma forte preocupação no momento com o abastecimento de produtos químicos, pela falta de investimentos na indústria química nos últimos anos e inexistência de oferta suficiente de determinados produtos necessários na cadeia de produção, como ácido sulfúrico e sulfatos. A boa notícia é que o setor de tubulações afirma ter versatilidade para atender ao aumento da demanda por tubos e conexões. A previsão é de que sejam instalados, até 2033, cerca de 500 mil quilômetros em redes de água e esgoto.

Participaram da reunião o diretor-executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon) e do Sindicato Nacional das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Sindcon), Percy Soares Neto; a diretora de Relações Institucionais e Governamentais da Associação Brasileira dos Fabricantes de Materiais para Saneamento (Asfamas), Luana Pretto; o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Álcalis, Cloro e Derivados (Abiclor), Martim Afonso Penna; a gerente do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, Anicia Pio; o presidente da PROAG, Consultoria e Engenharia Sanitária e Ambiental, José Eduardo Gobbi; e o diretor-executivo do Sinproquim, Renato Endres.