Indústria química tem papel fundamental na retomada econômica

Ela é responsável pelo abastecimento de praticamente todos os setores avaliados em pesquisa realizada pela Mastersenso em parceria com a H2R

A maioria dos setores econômicos foi impactada pela crise decorrente da pandemia do coronavírus. O setor químico, considerado essencial no enfrentamento, assumiu papel de destaque fabricando e formulando produtos vitais no combate ao avanço da doença, a exemplo deálcool em gel, embalagem para alimentos, luvas e máscaras, entre outros.

A Mastersenso, em parceria com a H2R – Pesquisas de Mercado, divulgou os resultados de pesquisa com consumidores brasileiros quanto à expectativa de retomada econômica dos principais setores impactados pela crise provocada pela covid-19. Foram consultados 1.000 consumidores em capitais e cidades de interior.

Dividida em duas etapas, a primeira – em abril – detectou que 50% dos consumidores estavam ansiosos para regressarem às atividades sociais e, em média, 30% tinham a intenção de voltar a consumir imediatamente, tanto produtos quanto serviços. Passados 45 dias, com o início do processo de flexibilização da quarentena e os planos de reabertura das atividades, as pessoas começam a voltar a adquirir produtos e serviços com cautela em relação às questões de saúde e em função dos novos hábitos relativos à alimentação, ao lar, à tecnologia e ao varejo.

“No início da pandemia houve forte impacto dos processos de isolamento sobre boa parte da indústria – uma parte foi favorecida, principalmente produtos de higiene e saúde, assim como celulose, papel e plásticos descartáveis , mas outra parte foi severamente impactada, como a indústria automobilística. A indústria se comportou nos seus diferentes segmentos de forma diferente”, explicou ao Sinproquim o engenheiro e sócio da Mastersenso, José Borges Matias.

A diretora comercial da H2R, Alessandra Frisso, ressaltou que a química abastece praticamente todos os setores que foram avaliados no estudo, por isso tem papel fundamental na retomada econômica. “Em abril ainda não havia plano de reabertura. Essa decisão veio em maio. O mês seguinte já tinha sido estabelecido como momento da retomada. Os consumidores oscilaram entre a ansiedade de retorno e o receio de retomar os padrões de consumo. Tivemos o cuidado de buscar setores impactados. A forma de consumo mudou muito”, explicou Alessandra.

Acesse aqui os dados da pesquisa da Mastersenso em parceria com a H2R.

Segundo Matias, entre os setores da indústria química que tiveram ativação e, consequentemente, progresso de seu faturamento durante a pandemia, destacam-se produtores de equipamentos médicos e de saúde, farmacêuticos, de higiene, saúde e do lar. Já as empresas mais relacionadas à mobilidade e construção em geral tiveram mais dificuldade, por isso terão retomada mais lenta.

“Em junho as atividades começaram a retroceder. Primeiro pelos estoques existentes na cadeia produtiva, que foram aos poucos sendo consumidos para posterior reposição. A área têxtil, por exemplo, fios sintéticos (nylon, poliéster) para moda íntima, cama, mesa e banho, testou um canal on-line e se saiu bem.A química seguiu essa dinâmica, com forte impacto em abril e maio, e a retomada progressiva a partir de junho, com segmentos ativos e outros reativando agora”, evidenciou o engenheiro Matias.

Para Alessandra, a indústria cumpriu seu papel de dar o retorno à sociedade, indo além das suas responsabilidades sociais, apoiando-a com sua expertise e tecnologia.