Mendonça de Barros acredita que o Brasil poderá retomar o crescimento ao final de 2017

O economista e fundador da MB Associados, José Roberto Mendonça de Barros, acredita que o Brasil deverá terminar 2017 em condições de voltar ao crescimento sustentado ao ter crescimento de PIB, inflação e taxa de juros mais baixas, ajuste fiscal em andamento, retomada do investimento em energia e logística, além de ações para reduzir alguns custos de se fazer negócios no País. Com isto, segundo ele, o crescimento da dívida poderá começar a infletir mais adiante. Mendonça de Barros alerta, contudo, que a volta do crescimento depende de que o presidente eleito em 2018 continue a tocar a agenda reformista, o que garantiria ao País o direito de crescer por uma década.

 Essa análise foi apresentada por Mendonça de Barros em 22 de novembro, no Café com Opinião, evento organizado pelo Sinproquim. Para ele, a retomada do crescimento é clara, mas foi retardada pelo efeito Trump e pelo resultado ruim do PIB do terceiro trimestre. Entre os sinais positivos, Mendonça de Barros citou a recuperação da produção agrícola na safra16/17, os sinais efetivos de queda da inflação, a redução mais significativa da taxa de juros, alguma recuperação do crédito e do consumo e a continuidade da elevação das exportações. “A chave de tudo, porém, será a recuperação do investimento. É possível termos um ciclo  de redução de 500 pontos na taxa Selic, mas em um período mais longo”, observou.

 Mendonça de Barros destacou também que a situação de crédito para as empresas continua ruim. “Como sempre acontece em grandes recessões, todas as empresas muito alavancadas financeiramente estão pagando um pesado preço. Isto vai de campeões nacionais da telefonia até mesmo a certas empresas do agronegócio, único setor que está atravessando bem a crise. Veremos, ainda, muitas falências, recuperações judiciais e consolidação de ativos”, ressaltou.

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