Pesquisa realizada pela Fiesp com 827 indústrias paulistas apontou que, na opinião dos empresários, as principais barreiras à competitividade e ao crescimento do setor são a tributação (83%), burocracia (56,7%), crédito para capital de giro (39,2%), investimentos (35,2%) e segurança jurídica (31,6%). Em relação à tributação, os empresários deram destaque à complexidade da legislação e suas frequentes alterações, bem como a quantidade de impostos diferentes que a empresa tem que pagar. Também apontaram o excesso de normas e regulamentos a serem acompanhados, compreendidos e atendidos, além do descasamento entre o pagamento dos tributos e o recebimento das vendas da empresa.
Na avaliação da Fiesp, a atual estrutura tributária desincentiva, em grande medida, a produção e a geração de empregos pela complexidade gerada pelo número elevado de impostos e contribuições que incide sobre o setor produtivo e o consumo, gerando custos adicionais e ineficiências econômicas não observados nos concorrentes internacionais.
Em relação à burocracia, ganha destaque a grande quantidade de normas existentes (64,3%). Os excessivos controles e exigências e o tempo requerido com burocracia geram altos custos que atrapalham a competitividade e a eficiência no País. Sobre o crédito para capital de giro, os empresários destacaram as altas taxas de juros. No Brasil, o spread bancário é o mais alto entre as principais economias do mundo e está muito acima, por exemplo, do spread médio de países que calculam os juros da mesma forma que o Brasil.