Reajuste do preço do gás natural em São Paulo será menor do que o autorizado pela Arsesp

A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) autorizou um reajuste nos preços do gás natural fornecido para a indústria que varia de 23,97% para pequenas empresas, com consumo de 50 mil m3/mês, a 37,12% para grandes indústrias (consumo de 10 milhões m3/mês). Para indústrias com consumo de 1 milhão de m3/mês, o preço do gás natural foi reajustado em 34,70%. O aumento nos preços entrou em vigor no dia 1º de fevereiro de 2019. As entidades representantes da indústria, a Comgás e a Arsesp chegaram a um acordo para reduzir o aumento médio de 35% para 23%, a partir de 1º de março.

“Um reajuste com a magnitude do autorizado inicialmente pela Arsesp tem forte impacto sobre o setor industrial e, em especial, sobre a indústria química”, afirma Renato Endres, diretor-executivo do Sinproquim. Muitas empresas, segundo ele, foram estimuladas pelo governo, após a crise energética de 2001, a utilizar o gás natural para gerar energia e agora se veem surpreendidas com esse aumento, que afeta fortemente a competitividade e planos de expansão em um momento em que há expectativas positivas sobre a retomada do crescimento econômico. “Na indústria química, que utiliza o gás natural também como matéria-prima, o impacto desse reajuste é ainda maior”. Em maio, haverá novas negociações para a fixação do reajuste do preço do gás natural.