As empresas da indústria do petróleo solicitaram à ANP (Agência Nacional de Petróleo) que seja revisada a especificação do gás natural a fim de eliminar-se os limites estabelecidos por consagrada resolução da Agência.
O Sinproquim (Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica no Estado de São Paulo), representando a indústria química do estado, com mais de 1.300 empresas associadas e sindicalizadas de pequeno, médio e grande porte, bem como cerca de 1.500 fábricas instaladas no estado, posicionou-se contra mudanças na especificação do gás natural.
O diretor-executivo e o assessor de economia do Sindicato, Ricardo Neves de Oliveira e Renato Endrés, participaram de discussões técnicas e de mercado junto à Abiquim (Associação Brasileira da Indústria Química) e à Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo), com o objetivo de suspender a demanda pretendida.
Os estudos realizados, e de conhecimento das autoridades, demonstram que a pretensa modificação pode produzir graves consequências nos seguintes aspectos:
– Danos ao meio ambiente pelo aumento da emissão de gases causadores do efeito estufa.
– Queima de valiosa matéria-prima petroquímica e redução do rendimento de reações.
– Danos aos equipamentos industriais.
– Diminuição da segurança no uso doméstico do gás.
Por essas razões, o Sinproquim solicitou que tal pedido da indústria de petróleo fosse liminarmente arquivado. Por outro lado, ele apoia integralmente a sugestão apresentada pela Abiquim para tornar mais restritiva a especificação do gás natural, de acordo com a tendência internacional nesse tema.