O ESG (Environment, Social and Governance, na sigla em inglês) estabelece uma nova agenda econômica, um novo modelo de gerenciamento dos riscos do negócio e novas formas de relacionamento com clientes, consumidores, acionistas e colaboradores. Essa é a visão do gerente de Sustentabilidade da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), Jorge Peron Mendes, que fez uma apresentação on-line sobre ESG, no dia 23 de setembro, a convite do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais do Estado do Rio de Janeiro (Siquirj). O webinar contou com o apoio do Conselho das Entidades Sindicais da Indústria Química (Cesiq).
Peron destacou em sua apresentação que a nova geração de profissionais tem um papel fundamental no novo posicionamento das empresas e que a aplicação dos critérios de ESG é essencial para reter talentos. “Hoje, é comum o candidato a um emprego querer saber quais são os princípios da empresa em termos sociais, ambientais e sociais; se há respeito à diversidade, valorização do trabalho feminino e outros pontos. Antes, o candidato limitava-se a apresentar seu curriculum. As empresas interessadas em contratar e reter talentos, pensando na perenidade de seus negócios, devem ficar atentas a esse aspecto. A nova geração quer mais integração e responsabilidade social, quer fazer parte de organização comprometida com o futuro”, salientou.
A cartilha editada pela Firjan reúne um conjunto de práticas recomendadas e ações essenciais para nortear a atuação empresarial em cada um dos critérios ESG apontados como os mais relevantes na pesquisa realizada pela entidade. Peron acrescenta que a cada critério foram associadas ferramentas e diretrizes que podem ser utilizadas como referências técnicas de apoio à estruturação de estratégias ESG para a indústria. Segundo ele, a pesquisa apontou que os principais desafios são externos, como o entendimento e padronização dos critérios, identificação de fornecedores parceiros que cumpram os critérios, falta de informação e cultura corporativa, além de falta de recursos financeiros para investimentos.
O presidente do Sinproquim, Nelson Pereira dos Reis, que acompanhou o webinar, observou que o ESG é uma demanda da sociedade. “As pessoas não estão interessadas apenas no valor econômico de uma organização. Querem saber também como elas estão contribuindo com a sociedade.” Segundo ele, o sistema empresarial captou a necessidade de que já não basta prestar contas apenas aos acionistas, mas também é preciso ser transparente com colaboradores, consumidores e comunidades. O presidente do Siquirj, Isaac Plachta, ressaltou que o objetivo da entidade e do Cesiq é o de levar às PMES os princípios e a importância de aplicação do ESG, uma demanda crescente da sociedade.