O presidente do Sinproquim, Nelson Pereira dos Reis, em entrevista concedida ao editor da revista Química e Derivados, Marcelo Fairbanks, analisou as perspectivas do setor químico para 2023. Segundo ele, há oportunidades para a indústria química no Brasil. “Questões geoestratégicas, como a guerra na Ucrânia, favorecem investimentos na produção nacional de fertilizantes, não só de nitrogenados. Além disso, há outros caminhos, pelo aproveitamento da biodiversidade e matérias-primas locais, como o gás natural e o etanol.”
Na entrevista, Reis destacou que o processo de desindustrialização do País já foi longe demais e que está na hora de uma retomada com base em aspectos estratégicos, sem perder de vista a competitividade. Ele defendeu a elaboração de uma política industrial diferente da adotada há alguns anos, quando se preferiu apostar em “campões nacionais”, em vez da estruturação de cadeias produtivas a partir de setores-chave, como químico. O presidente do Sinproquim ressaltou que a indústria deve se adiantar e apostar nas oportunidades emergentes. “Do lado do governo, o primeiro passo é promover uma reforma tributária adequada, que simplifique o sistema e alivie a carga do setor produtivo.” A nomeação do vice-presidente Geraldo Alckmin para o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços foi considerada positiva por Nelson Reis, que elogiou a escolha da equipe do ministério e a capacidade de interlocução do ex-governador do Estado de São Paulo.
Além do presidente do Sinproquim, a Química e Derivados entrevistou outros dirigentes do setor, consultores e executivos. Leia a íntegra da matéria.