Os indicadores calculados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostram que a indústria de transformação perdeu dinamismo em setembro. Na comparação com agosto, o faturamento real do setor caiu 0,5%, as horas trabalhadas tiveram queda de 1% e a utilização da capacidade instalada recuou 0,3 ponto porcentual. O faturamento, na análise da CNI, intercalou altas e baixas durante o ano, mas o resultado do terceiro trimestre indica que a trajetória é de queda. Em relação a setembro de 2022, o recuo no faturamento é de 1,4% e nas horas trabalhadas, de 3,5%.
A entidade destaca que, apesar do início dos cortes da taxa básica de juros, eles permanecem como um importante fator de desaceleração da indústria pelo alto patamar em que ainda se encontram. Os juros altos, afirma a CNI, permanecem exercendo um papel restritivo sobre a economia. Outros fatores restritivos que afetam a atividade da indústria de transformação são o nível de endividamento e de inadimplência das famílias, além da elevada taxa média dos juros nas operações de crédito.