Em reunião conjunta do Conselho Superior de Desenvolvimento Sustentável (Condes) e do Departamento de Desenvolvimento Sustentável (DDS), da Fiesp, no dia 8 de agosto, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, apresentou o FinaClima SP, criado pelo governo do Estado para fomentar a captação de recursos privados para projetos ambientais e de combate às mudanças climáticas. O objetivo é viabilizar ações de mitigação e adaptação aos efeitos do aquecimento global. O foco inicial será a restauração de 1,5 milhão de hectares com vegetação nativa e sistemas produtivos biodiversos, como parte do compromisso de São Paulo com a redução da emissão de gases de efeito estufa.
No primeiro ciclo de atuação, o Finaclima SP financiará, com recursos privados, incluindo os decorrentes de obrigações legais, projetos voltados à restauração de paisagens e ecossistemas, com foco em ações que promovam a recuperação da vegetação nativa em Áreas de Preservação Permanente (APPs), Reservas Legais (RLs) e pastagens de baixa aptidão agrícola. Os projetos deverão incorporar estratégias de conectividade ecológica, formação de corredores florestais, implantação de sistemas agroflorestais e ações de transição agroecológica, priorizando territórios com elevado potencial de impacto socioambiental e institucional e fomentando a bioeconomia e a geração de renda para produtores rurais.
O Finaclima SP é apresentado como uma oportunidade para instituições e indivíduos interessados em promover a restauração ecológica no Estado de São Paulo, como aqueles interessados em ações ESG, neutralização de emissões ou em potencial geração futura de créditos de carbono. O mecanismo também é um instrumento para o direcionamento de recursos privados resultantes de conversão de multas ambientais ou de obrigação de reparar.
Para o diretor-titular do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp e presidente do Sinproquim, Nelson Pereira dos Reis, o Finaclima é uma iniciativa estratégica para viabilizar a transição ecológica e promover a descarbonização da economia paulista. “É importante ter instrumentos financeiros que estimulem investimentos sustentáveis em larga escala, articulando setor público, privado e sociedade”, afirmou.