A situação, as perspectivas e ações para impulsionar o setor químico foram debatidas pela Abiquim e Cesiq

O presidente-executivo interino da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), André Passos Cordeiro, apresentou em reunião virtual do Conselho das Entidades Sindicais da Indústria Química (Cesiq) um diagnóstico da situação da indústria química no País e ações a serem implementadas para o fortalecimento do setor. Passos ressaltou que um dos pontos prioritários é ampliar o conhecimento do governo e da sociedade sobre a situação enfrentada pela indústria química e da sua importância estratégica para todas cadeias produtivas e consumidores. “As indústrias de base precisam de estímulos para ganhar competitividade e garantir inserção no mercado internacional, como fazem muitos outros países”, observou.

Sensibilizar o governo em relação ao uso do gás natural como matéria-prima pelo setor químico, desenvolver uma comunicação inteligente, definindo o que e como comunicar; trabalhar em conjunto com os clientes do setor, como o agronegócio, mostrando a importância da redução da dependência externa de fornecedores; e participar dos debates sobre a reforma tributária com a apresentação de propostas que possibilitem uma efetiva redução dos custos de produção e incentivem a reindustrialização do País são alguns dos pontos destacados por Passos. Ele ressaltou ainda a importância da continuidade do trabalho da indústria química para a mitigação de emissões e busca da sustentabilidade.    No encontro, realizado no dia 13 de setembro, o presidente-executivo da Abiquim recebeu várias sugestões do Cesiq, entre elas a importância da inovação e da qualificação de trabalhadores para sustentar o crescimento da atividade, a busca por uma política que estimule o aproveitamento de matérias-primas renováveis, área em que o Brasil pode ser líder mundial; e o estreitamento dos contatos da entidade com institutos de pesquisa e universidades. Os membros do Cesiq também ressaltaram a necessidade de continuidade do estudo para o aproveitamento de unidades ociosas ou paralisadas, bem como de defesa da recriação do Ministério da Indústria com a adoção de um plano estratégico de Estado para o setor industrial.