Produção, vendas internas e utilização da capacidade instalada em queda. Essa é a atual situação da indústria química brasileira, que enfrenta uma difícil conjuntura decorrente da concorrência desleal com insumos importados e dos altos custos da energia, gás natural e pesada tributação. Dados divulgados pela Abiquim dão a dimensão do problema. De janeiro a março, a produção recuou 3,8%, as vendas internas caíram 2,6%, o consumo aparente nacional declinou 5,3% e a utilização da capacidade instalada ficou em 62%, menor nível registrado desde 1990.
No primeiro trimestre de 2025, o Brasil importou US$ 65,78 bilhões em produtos químicos e exportou US$ 15,96 bilhões. Como resultado, o déficit nacional na balança comercial alcançou US$ 49,82 bilhões, o que evidencia a perda de competitividade do setor. A expectativa é de que o Congresso e o Executivo atentem para o papel estratégico do setor na economia e aprovem medidas como o Programa Especial de Sustentabilidade de Indústria Química (Presiq), que pode ter um impacto positivo de R$ 112 bilhões no PIB, com a geração estimada em 1,7 milhão de empregos diretos e indiretos.