Encontro realizado em 3 de junho na Fiesp, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, reuniu especialistas e autoridades do setor público para debater ações que fortaleçam o sistema de logística reversa no País. Fabricio Soler, advogado especialista em Direito Ambiental e ESG, afirmou que a gestão inadequada de resíduos sólidos custa caro ao País. Ele estima um impacto econômico de R$ 97 bilhões por ano, valor que pode chegar a R$ 135,9 bilhões em 2050.
A erradicação dos lixões foi defendida pelo presidente da Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Meio Ambiente (Abrema), Pedro Maranhão, que criticou a aura de romantismo que algumas pessoas criam em torno da reciclagem e propõe diálogo sério sobre o tema para tornar a logística reversa uma realidade onde ainda não há aterros sanitários. “Há aproximadamente 3 mil lixões no País, locais sem tratamento adequado. Não podemos pensar que os catadores vão resolver o problema. Precisamos criar a indústria de reciclagem, em que todos ganham, com viabilidade econômica e social”, argumentou.
A gerente de resíduos sólidos da Cetesb, Liv Costa, defendeu a participação de entidades setoriais para viabilizar a logística reversa, possibilitando fazer o ciclo se fechar em todas as pontas. “Precisamos de soluções regionalizadas, de mais clareza e participação de todos os envolvidos no processo, incluindo o comércio”, ressaltou. Para ela, tornar o comércio local em um ponto de coleta e sensibilizar o consumidor são ações eficazes para aumentar o porcentual de reciclagem.
O evento também teve a participação do diretor titular adjunto do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, Mario Hirose, e de representantes da Associação Brasileira das Indústrias de Vidro (Abividro), da Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast) e da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá).