Análise realizada pela Fiesp aponta para um cenário mais favorável para a indústria este ano, principalmente no segundo semestre, na comparação com 2023. A entidade projeta aumento de 1,8% da produção industrial em 2024 com a recuperação da demanda, tanto pelo lado do consumo, com os efeitos da flexibilização da política monetária e continuidade da expansão da renda, quanto dos investimentos, que, além da queda dos juros, tendem a ser influenciados pela melhora nas expectativas dos empresários e pelas medidas recentemente anunciadas pelo governo, como Depreciação Superacelerada, Mover e o Plano Mais Produção (P+P) como fatores para a perspectiva de crescimento da produção.
A produção industrial, no entanto, recuou 1,6% em janeiro, frente a dezembro de 2023, mas cresceu 3,6% na comparação com janeiro do ano passado. Esse desempenho foi influenciado pela queda de 0,3% na indústria de transformação, de 6,3% na indústria extrativa e de 5% na indústria alimentícia. Por outro lado, as atividades que registraram as maiores contribuições positivas no mês foram produtos químicos (+7,9%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (+13,7%), veículos automotores, reboques e carrocerias (+4,0%) e máquinas e equipamentos (+6,4%).
A Fiesp destaca que, no médio e longo prazo, a maturação da reforma tributária e a implementação do Nova Indústria Brasil (NIB) podem contribuir para a retomada do protagonismo do setor industrial no crescimento econômico do País.