Indústria química brasileira reduziu em 44% as emissões de gases de efeito estufa entre 2006 e 2016

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) apresentará na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27) a estratégia de sustentabilidade do setor industrial, mostrando iniciativas concretas para enfrentar a crise climática global. Orientada por tecnologias limpas e processos produtivos mais eficientes, a indústria brasileira é considerada uma das mais competitivas do mundo quando se fala em sustentabilidade e emissões de gases de efeito estufa (GEE).

A indústria química reduziu em 44%, entre 2006 e 2016, as emissões de gases de efeito estufa. No setor do aço, cerca de 12% da produção é obtida a partir do uso do carvão vegetal (baixa pegada de carbono). A indústria do vidro reduziu 100 mil toneladas de GEE por ano com a reciclagem de 400 mil toneladas do produto. Cerca de 60% de todo o alumínio no País é reciclado.

No estande do Brasil na COP27, que ocorre no Egito de 6 a 18 de novembro, serão apresentadas experiências bem-sucedidas de empresas que estão desenvolvendo estratégias de redução e neutralização de emissões de GEE, visando contribuir com os esforços globais de descarbonização. Para que o Brasil avance na transição para uma economia de baixo carbono, a CNI definiu quatro pilares estratégicos: transição energéticamercado de carbonoeconomia circular e conservação florestal.

No caso da transição energética, o Brasil já se encontra em posição de vanguarda, com elevada participação de fontes renováveis de energia na matriz elétrica (84% da matriz elétrica brasileira é composta por energias renováveis), e segue em uma trajetória sustentável, ampliando cada vez mais o uso de fontes limpas como eólica, solar e bioenergia, além de apostar em novas tecnologias, como o hidrogênio verde.

A CNI defende a regulação do mercado de carbono, no modelo “cap and trade”, que oferece um ambiente mais flexível ao investimento, com segurança jurídica e regras mais claras, garantia de monitoramento e uma adequada governança. Na área de economia circular, a meta é ampliar práticas de ecodesign, manutenção, reúso, remanufatura e reciclagem em toda a cadeia de valor. A ampliação das áreas sob concessão florestal no País, o fortalecimento do manejo florestal sustentável e o estímulo aos negócios voltados à bioeconomia são as diretrizes do pilar de conservação florestal, que inclui, ainda, uma ação mais efetiva de combate ao desmatamento ilegal e às queimadas, sobretudo na Amazônia. As metas do Brasil estabelecidas no Acordo de Paris são a de reduzir em 37% as emissões de GEE até 2025 e em 50% até 2030 (tendo como base o ano de 2005), atingir a neutralidade climática até 2050 e zerar o desmatamento ilegal até 2028.