A adoção de medidas de eficiência energética pode resultar em uma economia de R$ 10 bilhões para o setor industrial até 2050. Os dados são de dois estudos do Programa PotencializEE, que apoia pequenas e médias indústrias na implementação de medidas de eficiência energética. Os resultados foram apresentados no dia 21 de novembro no Seminário de Políticas Públicas para Eficiência Energética. Os levantamentos foram realizados em conjunto com o Ministério de Minas e Energia (MME), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
As pesquisas analisaram os gargalos enfrentados pelas empresas, que vão desde a carência de profissionais especializados em eficiência energética até a baixa adesão pelas indústrias de sistemas de gestão energética, e apontaram caminhos para melhorar os resultados. De acordo com um dos estudos, o maior potencial de recuperação de perdas evitáveis de energia está no aquecimento direto e indireto, processos que comumente utilizam caldeiras e fornos. Tecnologias como bombas de calor e sistemas solares térmicos podem ser utilizadas para esse fim de maneira mais eficiente.
As soluções propostas focam em incentivos e melhores condições para o uso de tecnologias de cogeração, recuperação de calor desperdiçado, treinamentos, gestão energética e inovação. Também são propostos aperfeiçoamentos do Programa de Eficiência Energética (PEE), da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL).
O PotencializEE – Investimentos Transformadores em Eficiência Energética é uma iniciativa de cooperação entre o Brasil e a Alemanha para o desenvolvimento sustentável. O programa foi implementado pelo MME e é coordenado pela Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) GmbH.