As duas novas linhas de crédito para a indústria e exportadores, o Programa Mais Inovação e o Plano Brasil Soberano, foram apresentadas em webinar realizado pela Fiesp. O Mais Inovação, operado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), disponibiliza financiamentos e instrumentos de apoio para empresas investirem em inovação e digitalização, em áreas estratégicas definidas pelo programa federal Nova Indústria Brasil (NIB). Com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), as linhas oferecem juros subsidiados, prazos estendidos e carência facilitada.
Os projetos devem estar alinhados às missões da NIB, como agroindústria sustentável e segurança alimentar; complexo econômico e industrial da saúde; infraestrutura, mobilidade e saneamento; transformação digital; bioeconomia e transição energética; além de tecnologias críticas para a soberania e segurança. O objetivo é fortalecer a competitividade da indústria nacional por meio de pesquisa, inovação e plantas pioneiras.
O Mais Inovação dispõe de uma linha de crédito de R$ 12 bilhões para a Indústria 4.0, destinada à modernização de fábricas e aumento da produtividade. A Finep direcionará R$ 2 bilhões para a linha “Difusão Tecnológica”, voltada à aquisição de máquinas e equipamentos com tecnologias como inteligência artificial, internet das coisas e robótica, com foco nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Já o BNDES disponibilizará R$ 10 bilhões para financiar a modernização industrial em todo o país, também priorizando tecnologias digitais avançadas.
O Plano Brasil Soberano, lançado em agosto, reúne medidas para mitigar os impactos econômicos do tarifaço. As ações buscam proteger exportadores, preservar empregos, incentivar investimentos em setores estratégicos e assegurar o desenvolvimento econômico nacional.
O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luiz Gordon, ressalta que as linhas de crédito podem ser complementares. “São taxas de juros diferenciadas e incentivadas para apoiar o setor industrial”, afirmou. Sylvio Gomide, presidente do Conselho Superior da Micro, Pequena e Média Indústria (Compi) da Fiesp, destacou que os programas representam oportunidades valiosas. “Essa é uma pauta essencial para a Fiesp e para o empreendedor. Em um momento tão desafiador, linhas de crédito como essas oferecem alternativas reais para apoiar a indústria”, avaliou.