Setor aguarda com expectativa a implantação do Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes

Hoje, o Brasil consome cerca de 50 milhões de toneladas de fertilizantes e a produção interna alcança apenas 8 milhões de toneladas. As projeções são de que a demanda brasileira por fertilizantes cresça para 58,5 milhões de toneladas em 2030. O Ministério da Agricultura prevê que a demanda por fertilizantes poderá atingir 76,1 milhões de toneladas anuais até 2036. O Projeto de Lei que cria o Programa de Desenvolvimento da Indústria de Fertilizantes (Profert), aprovado, em outubro de 2024, pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, aguarda aprovação pelo plenário. O Plano Nacional de Fertilizantes (PNF) estabelece metas de ampliar a produção nacional de nitrogenados, fosfatados e potássicos, chegando a 1,9 milhão de toneladas de nitrogênio e 2 milhões de óxido de potássio em 2030.

A alta dependência do Brasil em fertilizantes importados é um entrave para a expansão do agronegócio, um cenário que ficou mais conturbado com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, grandes fornecedores mundiais de fertilizantes, e as tensões geopolíticas. Elevar a produção nacional de fertilizantes é essencial para a redução da vulnerabilidade do País à flutuação de preços e a questões logísticas. O Sinproquim tem alertado que essa é uma questão estratégica para o País e que a indústria química está preparada para atender as metas do PNF, desde que seja criadas condições adequadas para isso, como a elevação da oferta e redução de preços do gás natural.