Líder no mercado de embalagens, a Klabin tem obtido bons resultados no processo de descarbonização. A estratégia adotada pela empresa foi detalhada em webinar, realizado em 29 de julho, pelo Grupo de Trabalho de Descarbonização do Movimento Empresarial pela Inovação da CNI. A assessora para Assuntos de Sustentabilidade do Sinproquim, Luciana Oriqui, que acompanhou a apresentação, considera que as ações implementadas pela Klabin podem ser um referencial para a indústria química avançar no processo de descarbonização.
Primeira empresa do setor na América Latina a ter suas metas de descarbonização aprovadas pelo Science Based Targets Initiative (SBTi), a Klabin também é reconhecida na categoria Platinum pela EcoVadis e está na lista do Mercado Global do Dow Jones Sustainability Indices (DJSI). Esses reconhecimentos validam, segundo Luciana Oriqui, a seriedade e a consistência da estratégia da empresa, o que pode inspirar associados do Sinproquim a buscar certificações similares.
A Klabin tem a meta de garantir que sua matriz energética seja composta por, no mínimo, 92% de fontes renováveis até 2030, um objetivo que já superou em 2024, atingindo 93%. A empresa investe em substituições de combustíveis fósseis por biomassa e gás natural. A Klabin também utiliza a gaseificação de biomassa para produzir syngas e a produção de tall oil para fornos de cal, iniciativas que resultam em reduções significativas de emissões.
O Programa de Engajamento e Capacitação da Cadeia de Valor, estruturado pela Klabin, tem o foco em fornecedores e clientes considerados relevantes em emissões de GEE. O programa visa melhorar a qualidade dos dados, oferecer treinamentos e capacitações, e desenvolver planos de transição climática em conjunto com os parceiros. Essa abordagem, ressalta Oriqui, demonstra a importância de não apenas descarbonizar as próprias operações, mas também influenciar positivamente toda a cadeia de produção.
A Klabin utiliza a Curva de Custo Marginal de Abatimento (MACC) como uma ferramenta de gestão para analisar e priorizar investimentos em projetos de redução de emissões. Essa metodologia oferece um modelo prático e financeiramente viável para a descarbonização, algo que a indústria química pode adaptar para planejar suas próprias transições para uma economia de baixo carbono.
A assessora do Sinproquim destaca que o ciclo de webinars da CNI e, em particular, a apresentação da Klabin, fornecem sugestões de roteiros de como a indústria pode abordar a descarbonização. Os exemplos, segundo ela, são valiosos ao ilustrar como um planejamento estratégico, o uso de tecnologia e o engajamento de parceiros podem resultar em um futuro mais sustentável e competitivo.