O Conselho das Entidades Sindicais da Indústria Química (Cesiq), em reunião realizada no dia 18 de outubro, analisou o andamento das negociações referentes à Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) para o período de 2023 a 2024. A data-base para os trabalhadores da indústria química no Estado de São Paulo é o mês de novembro. Na Bahia e Alagoas é em setembro e no Rio Grande do Sul em outubro. No Rio de Janeiro, há datas-base diferentes, a depender da região.
Elisa Jaques, assessora do Sinproquim, fez uma detalhada apresentação ao Conselho sobre o cenário das negociações coletivas em São Paulo. As principais reivindicações apresentadas pelos sindicatos de trabalhadores são de aumento real dos salários, em torno de 5%, mais a variação do INPC, além da inclusão de novas cláusulas sociais e mudanças nas que estão em vigor, como a redução da carga horária para 40 horas semanais e ampliação da licença-maternidade. A projeção do INPC para novembro gira em torno de 4%. A proposta apresentada pela indústria está em análise pelos sindicatos dos trabalhadores.
A preocupação do Cesiq em relação ao pleno atendimento às reivindicações dos trabalhadores é com a atual situação da indústria química no País, que opera hoje com apenas cerca de 60% de sua capacidade, e enfrenta uma forte concorrência com produtores de outros países. Um aumento significativo das despesas com pessoal nesse momento, na visão do Conselho, poderia reduzir contratações ou elevar o risco de desemprego, principalmente nas pequenas e médias empresas.
Na reunião, foi apresentado um balanço do workshop “Prevenção de resíduos e extensão da validade de produtos químicos industriais: impactos e soluções sustentáveis”, realizado pelo Sinproquim, no dia 4 de outubro, com o patrocínio e apoio de várias entidades de classe. O evento atraiu mais de 100 participantes. A filiação do Sinproquim ao Instituto de Desenvolvimento da Química (IQD), o que deverá ocorrer em breve, foi outro tema abordado no encontro. O IQD tem como objetivo estruturar estratégias e divulgar informações sobre a importância da indústria química, dando apoio à Frente Parlamentar de Química, tanto em nível nacional como estadual.
Também foi relatada reunião do setor com o presidente da Fiesp, Josué Gomes, para discutir a enorme perda que o setor químico vem sofrendo em função do grande volume de importações de produtos químicos, principalmente do Oriente, muitas vezes com preços aviltados. Participaram do encontro o vice-presidente do Sinproquim, Sergio Mastrorosa; o diretor-executivo da entidade, Renato Endres; o presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro; e o presidente do Sindicato da Indústria de Resinas Plásticas (Siresp), Edson Terra.