Dados divulgados pela Abiquim indicam que o deficit na balança comercial brasileira de produtos químicos poderá chegar a US$ 47 bilhões este ano, o segundo maior da história. Em 2022, o deficit alcançou cerca de US$ 65 bilhões. A entidade afirma que o grande volume de importações de origem asiática foi impulsionado por preços predatórios, levando a produção da indústria química brasileira ao menor patamar dos últimos 30 anos. A ociosidade média de uso da capacidade instalada do setor é de 35%.
Até outubro deste ano houve um expressivo aumento nos volumes de importações de plastificantes (79,1%), resinas termoplásticas (16,7%), produtos petroquímicos básicos (12,6%) e intermediários químicos para detergentes (6,5%), entre outros produtos químicos diversos para uso industrial (12,8%). Em média, os preços das importações desses produtos foram 22,9% inferiores àqueles do mesmo período do ano passado. A Abiquim destaca que a consequência é o desequilíbrio do mercado interno, o que ameaça fabricações nacionais de produtos estratégicos para várias cadeias de agregação de valor no País, e indica a necessidade urgente de adoção de políticas de alto impacto que permitam reduzir a vulnerabilidade em cadeias estratégicas sensíveis às oscilações da conjuntura internacional.