Após a redução de 0,6% em novembro e de 0,2% em outubro, a Fiesp espera um crescimento de 2,9% da produção industrial em 2024 e projeta um aumento menor, de 1,3%, para 2025. Na avaliação da entidade, essa projeção reflete o aperto monetário, que tende a contribuir para a piora das condições de acesso ao crédito, sobretudo em ambiente marcado por condições financeiras já restritivas, o que terá efeitos sobre o custo dos novos financiamentos e, consequentemente, sobre a dinâmica de atividade industrial. Adicionalmente, a Fiesp prevê um menor impulso fiscal por parte do governo federal diante da necessidade de conter a escalada de incerteza sobre a trajetória das contas públicas. O ano também deverá ser marcado por um ambiente externo mais desafiador, com destaque para as incertezas econômicas em torno da economia dos EUA em função dos potenciais impactos macroeconômicos das medidas propostas pelo presidente eleito, Donald Trump, ao longo da campanha eleitoral. Um dos pontos de atenção é a implementação do aumento das tarifas que resultaria em elevação da inflação e dos juros internacionais. Os juros mais elevados nos EUA implicariam um cenário de dólar mais apreciado no mercado internacional, o que pode pressionar sobretudo as moedas emergentes. Portanto, conclui a entidade, este cenário deve resultar na desaceleração do crescimento da indústria.