O Conselho das Entidades Sindicais da Indústria Química (Cesiq), em reunião on-line realizada em 15 de fevereiro, debateu a contribuição que poderia ser dada por um estudo sobre as vulnerabilidades e oportunidades das cadeias de produção para o processo de reindustrialização do País. O estudo possibilitaria a análise das principais necessidades das cadeias de produção para avanços tecnológicos, bem como da interdependência entre os diferentes setores produtivos, além de detectar oportunidades de investimentos. O Cesiq e a Abiquim formarão um grupo de discussão sobre o tema.
A importância de uma reforma tributária para o País, bem como a criação de uma secretaria especial para a indústria química no organograma do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) também foram temas tratados na reunião. O Cesiq considera que, devido à transversalidade da indústria química na economia, a criação dessa secretaria é estratégica para o País.
No encontro, que contou com a participação do presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, os conselheiros destacaram que a redução do custo das matérias-primas e de energia, a criação de estímulos ao uso de matérias-primas renováveis e a viabilização do uso do gás natural pela indústria dariam mais competitividade à indústria brasileira. Também foi comentada a concessão de incentivos pelos Estados Unidos e Europa, via crédito fiscal, para o processo de descarbonização pela indústria, o que tornará os produtores americanos e europeus mais competitivos.
O Cesiq é constituído pelos presidentes do Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais, Petroquímicas e Resinas Sintéticas de Camaçari, Candeias e Dias D’Ávila (Sinpeq), Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para Fins Industriais do Estado do Rio de Janeiro (Siquirj), Sindicato das Indústrias Químicas no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiquim) e Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos para Fins Industriais e da Petroquímica do Estado de São Paulo (Sinproquim). Em conjunto, essas entidades representam cerca de 70% da indústria química brasileira.