Análise realizada pela Fiesp mostra que o chamado estoque brasileiro de infraestrutura, que é tudo que o País possui em rodovias, hidrelétricas, ferrovias, portos e aeroportos, entre outros bens, caiu de 56% do PIB, patamar semelhante ao de países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), para cerca de 36%. Para Josué Gomes da Silva, presidente da Fiesp, o Brasil precisaria investir 4,5% do PIB por ano em infraestrutura, nos próximos dez anos, para recuperar o patamar anterior. Segundo ele, sem mais investimentos em infraestrutura, será muito difícil o País recuperar os níveis de infraestrutura de qualidade para permitir um desenvolvimento saudável da indústria.
A reindustrialização é uma das metas prioritárias da nova gestão da Fiesp. A indústria de transformação responde hoje por apenas 11% do PIB, menor percentual em décadas, o que reflete a perda de dinamismo do setor. “Nós precisamos fazer com que a indústria de transformação volte a crescer, e falar em reindustrialização sem infraestrutura é impossível, pois a infraestrutura precede o desenvolvimento em qualquer região”, afirma Josué Gomes da Silva.