Após a divulgação pelo IBGE do recuo de 0,3% do PIB da indústria de transformação em 2022, a Fiesp estima uma nova queda para 2023, desta vez de 0,4%. Esta seria, caso confirmada, a sétima redução do PIB do setor em 10 anos. A expectativa de um período mais longo de juros elevados, com a desaceleração da economia brasileira, principalmente no primeiro semestre do ano, é a base da projeção da Fiesp.
O economista-chefe da Fiesp, Igor Rocha, afirma que o quadro atual fortalece a necessidade de ações prioritárias, com destaque para a urgência de uma reforma tributária, definição de novo arcabouço fiscal, diminuição do custo do crédito a partir da queda da taxa básica de juros e adoção de políticas voltadas à redução do endividamento das empresas e famílias. O Índice de Condições Financeiras (ICF), calculado pela Fiesp e que antecipa de três a seis meses os ciclos da atividade doméstica, indica que as condições financeiras da economia brasileira estão em um momento restritivo devido à elevação dos juros internacionais e doméstico, o que impacta negativamente as condições de crédito.