O presidente do Sinproquim e diretor titular do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, Nelson Pereira dos Reis, defendeu, em reunião realizada em conjunto com o Conselho Superior de Desenvolvimento Sustentável da entidade, que a proposta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) de adoção de uma Política Nacional de Descarbonização da Indústria seja aderente às estratégias de redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) que os setores industriais intensivos em consumo de energia adotam em seus processos. “A descarbonização da indústria brasileira é um caminho que leva a um setor mais competitivo e sustentável, ofertando produtos com baixa pegada de carbono, algo que cada vez mais o mercado consumidor exige”, ressaltou.
A importância do alinhamento às iniciativas em curso, como a Nova Indústria Brasileira e ao projeto de lei que estabelece diretrizes e metas para o mercado regulado de carbono, também foi destacada pelo presidente do Sinproquim. Outras preocupações da indústria quanto às ações que se referem às mudanças climáticas envolvem os planos de mitigação e adaptação, em elaboração pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), o apoio à pesquisa e desenvolvimento na inovação tecnológica e, especialmente, fontes de financiamento. Reis frisou a importância do diálogo com o governo federal na construção de uma agenda positiva para o setor industrial.
Gustavo Fontenelle, coordenador geral de Descarbonização do Departamento de Descarbonização e Finanças Verdes da Secretaria de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, que participou da reunião, afirmou que a descarbonização deve considerar a competitividade e o que a indústria já realizou em termos de sustentabilidade, levando-se em conta a realidade brasileira, suas circunstâncias, desafios e limitações. Fontenelle disse que a estratégia tem como objetivo ampliar a mitigação, a transição e a descarbonização da indústria brasileira, mas de forma alinhada aos compromissos internacionais de redução de GEE a fim de potencializar a competitividade global do setor. Outro propósito é posicionar o país como líder em sustentabilidade industrial e promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável.