Em julho e agosto, os principais índices do segmento de produtos químicos de uso industrial calculados pela Abiquim apresentaram resultados negativos. A produção recuou 1,88% em agosto deste ano. Em julho, a queda foi de 6,11%. O nível de utilização da capacidade instalada atingiu o mais baixo patamar já registrado, com apenas 59%, contra 62% em julho. Em relação aos mesmos meses de 2022, a produção declinou 17,45% em julho e 15,54% em agosto, o pior resultado mensal em termos de produção desde 2007. As vendas internas, no entanto, cresceram 2,32% em julho e 7,97% em agosto, na comparação com os meses anteriores. Apesar dessa melhora, o patamar médio de vendas do bimestre julho e agosto de 2023, a exemplo do que se verificou com a produção, foi o pior desde 2007.
O volume de importações recuou 8,8% em agosto, após uma forte elevação de 31,1% em julho de 2023, na comparação mensal. Com esses resultados, a demanda interna, medida pelo consumo aparente nacional (CAN), caiu 7,9% em agosto de 2023, na comparação com julho, e ficou 15% abaixo da de agosto de 2022.
A Abiquim ressalta que, além do aumento da participação do produto importado sobre a demanda, há preocupações com o recuo da demanda final por produtos químicos, o que ocorre pelo segundo ano consecutivo, refletindo que o cliente da química também está sofrendo com a possível importação de bens e produtos de uso final.