A experiência e ações em diversidade e inclusão da C&A Brasil, empresa com cerca de 16 mil colaboradores no Brasil, foram apresentadas em webinar promovido pelo Sinproquim no dia 23 de setembro. Em sua apresentação, Clarissa Jaques, psicóloga e gerente de Talent Acquisition e Diversidade e Engajamento da C&A Brasil, destacou que o respeito às individualidades e a promoção da equidade social são temas cada vez mais presentes nos planejamentos empresariais. “Uma atmosfera acolhedora estimula a criatividade, incentiva a inovação e gera melhores resultados”, observou.
Com 320 lojas no Brasil e cerca de 16 mil colaboradores, a C&A Brasil é reconhecida por sua política de diversidade e inclusão. Um exemplo são as campanhas publicitárias realizadas, principalmente nos anos 1990, com o artista negro Sebastião Fonseca, ou Sebastian, como é conhecido. “A diversidade permanece como parte importante de nossas campanhas. Cada um de nós tem suas particularidades, pontos de vista diferentes. Respeito pelas diferenças é fundamental”, afirma Clarissa.
Ela ressaltou que as empresas precisam dar oportunidades aos grupos minoritários com ações que consigam fazer uma reparação histórica. “As mulheres, por exemplo, têm, em média, renda 86% inferior à dos homens, cerca de 41% das pessoas que se declaram LGBTQIA+ já sofreram discriminação, bem como pretos e pessoas com deficiência”. Clarissa ressaltou que a criação de uma atmosfera acolhedora estimula a criatividade e gera melhores resultados. Mas que é necessário trabalhar para alterar crenças que estão enraizadas em nosso inconsciente. “É preciso perguntar mais e supor menos”.
O movimento de diversidade e inclusão, na opinião de Clarissa, é algo que veio para ficar e ser incorporado ao nosso dia a dia. Ela recomenda que as empresas procurem ampliar conhecimentos sobre os grupos minoritários e estabeleçam metas de inclusão. A C&A tem como metas contar com 60% de mulheres e 35% de pretos e pardos em cargos de liderança em 2030. Para Clarissa, a diversidade e a inclusão são estratégicas para as empresas e devem ser vistas como uma jornada. “No futuro, um ambiente diverso e inclusivo será a normalidade. As empresas que não atentarem para esse movimento estão fadadas a desaparecer”, ressaltou.