Os integrantes do Conselho das Entidades Sindicais da Indústria Química (Cesiq), em reunião virtual realizada em 26 de julho, manifestaram preocupação com o impacto da redução de tarifas de importação sobre a indústria brasileira e dificuldades de exportação pelo País em decorrência de barreiras não tarifárias impostas, principalmente, pela União Europeia. O crescente volume de importações, bem como as barreiras para exportação de produtos brasileiros, têm inibido investimentos e retardado a recuperação da atividade industrial, reduzindo dessa forma a ampliação da oferta de empregos qualificados.
Sondagem realizada pela Fiesp com 15 entidades de classe mostrou que as barreiras técnicas incidentes sobre as exportações brasileiras incluem padrões privados, normas voluntárias de sustentabilidade e cooperação regulatória internacional. Os principais obstáculos estão relacionados ao cumprimento de exigências do mercado europeu, ao acesso ao conteúdo de normas e regulamentos técnicos aplicáveis e à necessidade de obtenção de certificações complexas. O Cesiq tem defendido há meses a criação de um ministério voltado especificamente para o setor industrial, compromisso assumido pelos dois candidatos a Presidente da República que lideram atualmente as pesquisas eleitorais.
Baixo carbono
No encontro, o Conselho foi informado da realização pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) do evento “Estratégia da indústria de baixo carbono”, que ocorrerá nos dias 16 e 17 de agosto. A transição energética, o mercado de carbono, a economia circular e a conservação das florestas formam a base da estratégia traçada pela CNI. No evento, com inscrições gratuitas e transmissão pela internet, será lançado o estudo “Hidrogênio Sustentável: perspectivas e potencial para a indústria brasileira”, com a apresentação de um mapeamento e avaliação de políticas, iniciativas e programas de hidrogênio sustentável em desenvolvimento, tanto no Brasil como no exterior.