A insatisfação com a situação financeira e a dificuldade de acesso ao crédito no primeiro trimestre do ano são apontados pela CNI com as principais causas da queda de confiança por parte do empresariado industrial. Segundo a entidade, tanto a avaliação da economia brasileira como a da própria empresa pioraram em abril. Houve queda na confiança em 21 dos 29 setores industriais pesquisados, mas apenas oito desses setores passaram do nível de confiança para o patamar de falta de confiança: máquinas e equipamentos, produtos de material plástico, perfumaria, limpeza e higiene pessoal, serviços especializados para a construção, impressão e reprodução, couro e artefatos de couro, produtos de borracha e móveis.
O índice adotado na pesquisa varia de 0 a 100 pontos. Valores acima de 50 pontos indicam confiança, abaixo perda de confiança. Em abril, dois setores apresentaram aumento de confiança e passaram da linha divisória de 50 pontos: biocombustíveis (55,9 pontos) e equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos (52,2 pontos). Os setores com confiança mais alta são manutenção e reparação (59 pontos), biocombustíveis (55,9 pontos), farmoquímicos e farmacêuticos (55,5 pontos) e veículos automotores (54,2 pontos).
Dados divulgados pela Fiesp sobre o nível de confiança na indústria paulista confirmam a tendência apontada na pesquisa da CNI. Apesar da queda de 0,5 ponto em abril, os empresários industriais paulistas permanecem otimistas. O Índice de Confiança do Empresário Industrial paulista é de 50,3 pontos em abril. Desde o início deste ano, esse indicador não registra pessimismo.