O Sinproquim decidiu realizar um acompanhamento do preço das importações dos 30 produtos químicos que foram incluídos pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) na lista transitória da Tarifa Externa Comum (TEC). A alíquota desses produtos, que oscilava entre 10,8% e 12%, passou, desde o dia 15 de outubro, a ser de 20% pelo período de 12 meses. O diretor-executivo do Sinproquim, Renato Endres, explicou, em reunião do Conselho das Entidades Sindicais da Indústria Química (Cesiq) realizada em 16 de outubro, que a medida tem como objetivo verificar se os principais exportadores desses produtos para o Brasil, como China e Estados Unidos, vão tentar compensar o aumento das alíquotas para manter em alta o fluxo de produtos para o País. Os dados serão compartilhados com os demais membros do Cesiq.
Na reunião, houve o consenso de que medidas pontuais, como a elevação das alíquotas, ajudam, mas não tocam no cerne do problema enfrentado pela indústria química brasileira. Para o Cesiq, é necessário criar condições para que o setor possa efetivamente competir com produtores de outros países por meio do equacionamento da oferta e dos preços locais do gás natural, da energia e do peso dos tributos, beneficiando assim toda a cadeia produtiva. Há outros 32 produtos químicos em avaliação pela Camex para inclusão na lista temporária da TEC.
No encontro, o presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Químicos para fins Industriais do Estado do Rio de Janeiro (Siquirj), Isaac Plachta, informou que será criada a Frente Parlamentar de Química na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
O Conselho das Entidades Sindicais da Indústria Química é constituído pelos presidentes dos sindicatos da indústria química da Bahia, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. Em conjunto, essas entidades representam cerca de 70% da indústria química brasileira. O presidente-executivo da Abiquim, André Passos Cordeiro, participou da reunião do Cesiq.