Autonomia para escolher o fornecedor de energia elétrica, negociar preço, quantidade e período de suprimento, bem como usufruir de redução de até 100% da tarifa de uso do sistema de distribuição pela contratação de energia proveniente de fontes renováveis, são alguns dos atrativos do Mercado Livre de Energia, acessível, desde janeiro deste ano, para consumidores que demandam carga igual ou superior a 500 kW. As formas de acesso, o potencial de economia em custos e os pontos de atenção na escolha do fornecedor, entre outros tópicos, foram detalhados por especialistas no tema em webinar realizado pelo Sinproquim no dia 25 de março.
Na abertura do evento, o diretor jurídico do Sinproquim, Enio Sperling Jaques, destacou que o Brasil é o sexto país com a energia elétrica mais cara do mundo e que as despesas com esse insumo representam em torno de 40% dos custos de produção. “A redução da conta de energia faz uma diferença considerável nos resultados das empresas, na manutenção dos negócios e na margem de lucro”, afirmou.
Sandro Yamamoto, Superintendente de Regulação e Relações Institucionais da Renova Energia, e Clayton Barcelão, Diretor da Pacífico Energia, fizeram detalhadas apresentações sobre o processo de migração para o mercado livre de energia, benefícios esperados e a importância de estudos prévios para definir a melhor estratégia para a empresa, que tem inclusive a opção de autoprodução. Segundo eles, o momento atual é propício para a migração, o que pode mudar caso haja necessidade de acionamento de usinas termoelétricas, por exemplo. Mais de 15 mil consumidores já aderiram ao mercado livre de energia e é aguardada para breve a abertura desse mercado para cargas inferiores a 500 kW. A expectativa é que, até 2028, todos os consumidores possam aderir ao mercado livre de energia. Mais de 20 pessoas acompanharam o webinar promovido pelo Sinproquim.